Nos últimos anos, a evolução dos carros tem sido contínua . As tentativas constantes de trazer ao mercado modelos de automóveis mais sustentáveis e menos poluentes impulsionaram o surgimento dos veículos movidos a hidrogênio. Esse modelo de automóvel possui tanques de hidrogênio que se mesclam com o oxigênio presente no combustível. Por meio desse processo é gerada a eletricidade necessária para movimentar os motores elétricos do veículo.
Para entender melhor como funcionam esses tanques de hidrogênio, é preciso considerar primeiramente que, assim como acontecem com os veículos movidos a gasolina e com os carros elétricos, a energia que será usada por esses automóveis necessita ser armazenada em algum local. Com os carros elétricos, por exemplo, essa eletricidade é guardada através das baterias de lítio, enquanto nos veículos movidos a hidrogênio, o armazenamento é feito nesses tanques específicos, que são capazes de aguentar as temperaturas baixíssimas do hidrogênio, que podem chegar a até -36ºC.
Já para compreender a movimentação da corrente elétrica, quando esse modelo de veículo está em funcionamento, o hidrogênio é expelido do tanque para então entrar em contato direto com o ar, ou seja, com o oxigênio. O resultado dessa reação entre ambos os elementos faz com que o automóvel libere vapor de água por meio de seu tubo de escape, e o “choque” entre o oxigênio e o hidrogênio é o fator que cria essa corrente elétrica essencial para nutrir o motor elétrico.
Isso significa que, por mais que esses veículos sejas movidos a hidrogênio, o seu motor depende diretamente de eletricidade, da mesma forma como acontece com os já conhecidos automóveis elétricos. Desse modo, é possível dizer que esses carros mesclam duas tecnologias distintas para formar um veículo ambientalmente correto e com uma excelente autonomia.
Carros movidos a hidrogenio vantagens e desvantagens
As características tecnológicas dos veículos movidos a hidrogênio fazem com que eles sejam revolucionários e apresentem boas vantagens, mas também existem certas inconveniências a serem consideradas.
– Entre as vantagens, estão:
1. Não há emissões de poluentes
Em um mundo onde a consciência ambiental é crescente, o fato dos veículos movidos a hidrogênio não emitirem poluentes na atmosfera é, sem dúvidas, uma de suas maiores vantagens. Porém, vale destacar que mesmo que esse tipo de automóvel não gere poluentes, os processos utilizados para obter o hidrogênio fazem uso de outras energias, o que acaba gerando alguma poluição.
De qualquer forma, em alguns países, como é o caso da Espanha, esses automóveis já estão sendo classificados como “veículos verdes”, o que permite certos benefícios aos proprietários desses carros, como acessar e estacionar em zonas que são restritas a outros modelos de veículos. Com o passar dos anos, essa tendência deverá chegar a vários outros países.
2. Reabastecimento ágil e fácil
Outra vantagem importante é a agilidade com que é feito o abastecimento desses veículos, muito mais eficaz do que o que ocorre com os automóveis elétricos, por exemplo. Em cerca de cinco minutos eles já ficam completamente carregados, sendo um processo apenas um pouco mais demorado do que os carros movidos a gasolina, que são reabastecidos em cerca de dois minutos.
3. Ótima autonomia
A questão da autonomia é outro diferencial que merece ser mencionado entre os automóveis movidos a hidrogênio e aqueles de origem elétrica. Os modelos mais modernos de carros que utilizam o hidrogênio já estão apresentando uma autonomia de aproximadamente 600 km até que precisem ser reabastecidos. Além disso, a expectativa é de que essa autonomia continue sendo aprimorada e alcance números ainda melhores em um futuro próximo.
– Já no que diz respeito as desvantagens:
1. Limitações na rede de abastecimento
Uma das maiores desvantagens de quem pretende adquirir um veículo movido a hidrogênio atualmente é a falta de uma rede ampla de abastecimento. O cenário atual em grande parte do planeta é de escassez de estações dedicadas ao abastecimento de hidrogênio. Há indícios de que isso possa vir a mudar nos próximos anos, mas nos dias de hoje esse é um problema indiscutível para os condutores.
2. Armazenamento do hidrogênio
Outra questão inconveniente é o que diz respeito a segurança do automóvel. Apesar das marcas terem se esforçado em desenvolver uma tecnologia de ponta para os carros movidos a hidrogênio, com tanques modernos e aptos para evitar vazamentos, ainda assim trata-se de um gás inflamável. Os tanques de hidrogênio possuem atualmente uma vida útil de 15 anos, estabelecida por lei, o que acaba implicando num período de tempo útil menor do próprio automóvel.
3. Custos dessa tecnologia
Em primeiro lugar, os custos com a produção são mais elevados, em função da célula de combustível. Para completar, os valores atuais do hidrogênio também não o tornam tão acessível. Isso significa que o reabastecimento acaba sendo mais caro do que os valores atuais aplicados para veículos movidos a gasolina. A título de curiosidade, o custo é de cerca de 60 euros para encher o tanque com hidrogênio e rodar 600 quilômetros, um custo médio 10 euros a cada 100 quilômetros.
Confira também as várias opções de seguro de veículos da MAPFRE, para ter acesso a uma assistência de qualidade e benefícios exclusivos.